quarta-feira, 8 de julho de 2009

Cristianismo

Encontrei um blog iconoclasta que vez ou outra acerta a mão e trás momentos hilários. Roubei de lá essa definição de Cristianismo - traduzida livremente do original:

Cristianismo é a crença de que um Zumbi Judeu, que era seu próprio pai, pode nos fazer viver eternamente se, simbolicamente, comermos sua carne e, telepaticamente, lhe dissermos que o aceitamos como nosso mestre, de forma que ele possa, então, remover uma força maligna de nossa alma. Força esta, presente em toda a Humanidade porque uma mulher-costela foi convencida por uma cobra falante a comer um fruto de uma árvore mágica. É faz muito sentido mesmo.

Se alguém aparecer por este blog e quiser mais iconoclastia cristã, visite: http://jesusislove.tumblr.com

Amém!

Ouvi por aí II

Ontem eu tive que sair um pouco mais cedo do trabalho pra dar tempo de passar na farmácia antes de ir pra casa. Desci do ônibus perto do Pimenta's, o bar mais burga daqui. Provavelmente o chopp mais caro da cidade, com a tradicional elite local e seus carros importados exibidos na calçada da frente.

Enquanto eu esperava para atravessar a rua, peguei no ar a frase "a juventude socialista, no Rio de Janeiro...". E não ouvi mais nada. Não por causa do barulho do ônibus que passava no momento, mas porque me deu uma raivinha.

Virei pra trás e vi um senhor bem vestido, tomando um chopp, acompanhado de dois caras mais jovens, por volta da minha idade, típicos boys daqui. E aquele senhor, com aquele chopp, com aquele ar intelectual, profanando a frase "a juventude socialista, no Rio de Janeiro"... quem era ele pra ousar falar de juventude socialista num bar daqueles, com aquela companhia?

O rapaz da direita fumando um cigarro ouvia o velho atento. O da esquerda, com uma capirinha cheia sobre a mesa, me encarava. Carrancudo.

Fingi que não era comigo e segui meu caminho, com o sangue quente. Mas com que direito eles...

Passei na farmácia, comprei meus remédios e tornei a pé pra casa. Lembrei dos três do Pimenta's e da juventude socialista no Rio de Janeiro. E voltou a raivinha. Não porquê aqueles riquinhos falavam de socialismo - nem sei se criticando ou elogiando - mas porque, no fundo, eu é que queria estar lá. Num dia de semana, em horário comercial, tomando um chopp, falando de socialismo com minha Z3 na calçada, sem me preocupar se é começo ou fim de mês, porque sempre vou ter dinheiro na minha conta pra pagar o cartão de crédito.

Se bem que... não, não. Se eu fosse podre de rico mesmo, eu seria é hippie.